Radicalização é a alma do negócio, esse bem que poderia ser o título deste artigo, a uma semana da decisão de quem será o próximo presidente do Brasil, resolvi escrever sobre a interferência e comportamento das redes sociais nas pessoas perante a política.
A prioridade das redes sociais é clara, liberdade de expressão, na balança dos negócios, é melhor deixar a polêmica no ar. A roda das redes sociais é movida pelo interesse comum das pessoas, o que leva a radicalização a estar unida com o discurso dos negócios.
Até aí o papo parece chato, quero chegar em ponto muito importante, os algoritmos sabem que tipo de conteúdo nos mantém conectados nas plataformas, ele aprende conosco, qual nosso interesse e passam a priorizá-lo, isso é Bolha Social. Mais interessante ainda é que posts que despertam reações emocionais, que dão vontade de ter algum tipo de reação, seja ela: compartilhar, dar like, comentar, esse é o tipo de conteúdo que prende a nossa atenção e pode ser revertido em lucros com publicidade (gênios), quanto mais tempo ficarmos conectados, mais dinheiro com publicidade eles ganham.
A CHANCE DE UMA NOTÍCIA FALSA SER COMPARTILHADA É 70% MAIOR QUE NOTÍCIAS VERDADEIRAS.
Não é a toa que o Facebook opta por mostrar primeiro conteúdos compartilhados por amigos, lugar que se tornou um ambiente fértil para a disseminação de notícias falsas. Geralmente apelando para o emocional e ou polêmica, as notícias têm 70% mais chance de se espalharem. Mas tudo isso não aleatório. Fomos nós que mostramos ao “negócio” o que iria gerar lucro em cima da nossa atenção. Eu preciso concordar que funciona.
Não sei se vocês já reparam, no próprio instagram, na barra de pesquisa, tem muitas categorias como: beleza, comportamento, animais e etc..esses interesses funcionam de acordo com a sua busca: no meu caso, eu consumia muito conteúdo de humor, parei de ver para consumir sobre empreendedorismo, agora, a grande maioria do conteúdo que chega até mim é sobre empreendedorismo, não mais sobre humor, é assim em todas as redes, Youtube, Twitter, Google.
O perigo está quando as redes sociais permitem que opiniões antidemocráticas floresçam e ganhem escala, fico chateada em escrever isso mas as redes sociais se alimentam dos nossos sentimentos mais primitivos, principalmente do ódio o que é um prato cheio para o radicalismo. Como já falei, algoritmos são alimentados pelo comportamento humano, o humanos não são neutros, especialmente em um período de acirramento dos ânimos.
Ao fim fica o alerta, cuidem as bolhas sociais e o radicalismo, vocês podem estar sendo manipulados, neste caso não pelos candidatos, mas sim pelo algoritmo das redes sociais.